Vem causando grande revolta no município de Arame (distante aproximadamente 480 km de São Luís) áudios enviados nessa quarta-feira (30) por um professor identificado apenas como Rafael menosprezando a situação de uma adolescente indígena desaparecida da Aldeia Sapucaia.
Em grupos de WhatsApp, o docente, além de menosprezar e ridicularizar a situação, usou palavras discriminatórias contra a adolescente, afetando não apenas a vítima, mas também toda a comunidade indígena, que diariamente é penalizada pela falta de políticas públicas.
“Uma pessoa que sequestra um índio é muito sem futuro”, falou o professor Rafael em um áudio enviado via WhatsApp. Ele ainda completou dizendo que a jovem teria forjado o próprio desaparecimento para viver possíveis aventuras amorosas. Até o momento, a adolescente não foi localizada.
Ministra maranhense indígena – Os comentários discriminatórios do professor Rafael mostram um completo desconhecimento do autor em relação às políticas nacionais de proteção à população indígena que são desenvolvidas pelo Governo Federal, por meio do Ministério dos Povos Indígenas, cuja titular é a maranhense Sônia Guajajara.
A ministra tem reconhecimento internacional na defesa dos direitos dos povos indígenas, seus territórios e causas socioambientais, sendo eleita uma das 100 pessoas mais influentes de 2022 pela revista TIME. Atuou em várias organizações indígenas, como a Coordenação das Organizações e Articulações dos Povos Indígenas do Maranhão (Coapima), Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB). Foi ainda coordenadora executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB).
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